Filhos aprendam a perder- Parte 2
E filhos…
há perdas que o mundo não enxerga.
Mas que arrebentam a alma da gente como se fosse um terremoto interno.
Eu entrei em luto.
E não foi no cemitério.
Foi dentro de casa.
Naquela casa onde a gente morava —
eu, a Sarinha, a Lolo, e a mamãe de vocês.
A casa onde, quando eu chegava, tinha gritaria de alegria,
tinha a Sarah subindo pela beliche pra deitar na cama da Lolo,
tinha barulho de vida, de rotina, de bagunça boa.
Mas um dia…
não tinha mais nada disso.
A beliche não estava mais lá.
Vocês não estavam mais lá.
Era só eu. E o Chappie. Nosso cachorro.
E aquilo, filhos…
aquilo doeu.
Doeu mais do que qualquer pancada, qualquer rejeição, qualquer derrota.
Porque não era só ausência.
Era o silêncio falando em voz alta:
“Você perdeu isso também.”
E eu precisei respirar no meio do vazio.
Segurar o choro no meio da madrugada.
Aceitar que parte da minha história tinha virado lembrança — mesmo com vocês vivos.
[...]
Aprender a perder, filhos, é entender que o amor verdadeiro às vezes não vence no tempo que a gente quer.
Mas ele continua existindo.
E Deus sabe como redimir aquilo que a gente pensa que foi perdido pra sempre.
> “Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos…”
— Joel 2:25
Com a esperança viva — mesmo entre os escombros,
Papai
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