Filhos: Não tenham medo de começar do zero

 Filhos, eu preciso que vocês entendam isso com o coração aberto:

começar do zero não é fracasso — é coragem crua.


Eu já dormi no papelão.

Literalmente.

Enrolado num canto esquecido da cidade, sob a cobertura de um bar que já nem existia mais.

Ali onde um dia joguei sinuca com meu pai,

eu me vi jogando com a vida — e perdendo.

Frio, fome, abandono… tudo junto, tudo em silêncio.

E mesmo assim, eu sonhava.


Sonhava com vocês.

Sonhava em sair daquele chão e construir algo que deixasse vocês em pé, mesmo que eu tivesse que cair mil vezes.


Então ouçam com atenção:


Não se envergonhem se a vida quebrar vocês.

Não se assustem se tiverem que recomeçar mais de uma vez.

O mundo vai tentar medir vocês por estabilidade.

Mas saibam: o valor real de um homem não é o que ele tem,

é o quanto ele suporta perder sem perder a si mesmo.


Se algum dia vocês sentirem que tudo ruiu,

lembrem disso:

O seu pai esteve lá embaixo.

E não morreu.

Nem como homem, nem como sonho.


Voltar ao início não é derrota.

É chance.

É terra limpa pra plantar de novo, com mais verdade, mais raiz e menos ilusão.


Quem começa do zero e não se entrega…

nunca mais volta a ser vazio.


Com amor,

Papai

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