Filhos: Chorem quando for preciso

 Filhos,

vou dizer algo que ninguém me disse quando eu era criança:


Chorar não é sinal de fraqueza.

É sinal de que vocês ainda sentem. Ainda se importam. Ainda são humanos.


Eu segurei muito choro na vida.

Engoli injustiça com dente trincando.

Senti vontade de chorar no meio de velório,

mas fiquei em pé porque tinha gente olhando.


Só que o corpo cobra.

A alma grita.

E o coração endurece se vocês não deixam ele lavar.


> “Jesus chorou.”

— João 11:35




Se até Ele chorou…

quem somos nós pra fingir que dá pra suportar tudo com cara de pedra?


Já chorei pela falta da minha mãe.

Já chorei de raiva. De saudade.

Chorei vendo o vazio onde antes vocês brincavam.

Chorei quando olhei pro Chappie e percebi que ele era a única presença numa casa que já foi cheia de vida.


Chorei de um jeito que não tem barulho — só soluço preso no peito.

E, mesmo assim, sobrevivi.

Não por causa da força,

mas porque deixei o choro fazer o que só ele faz: limpar por dentro.


> “Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão.”

— Salmos 126:5




Então se um dia o peso for grande demais…

chorem.

Mas não parem.

Chorem, e depois levantem.

Chorem com dignidade — nunca com vergonha.


Sejam homens de verdade.

E homens de verdade sabem chorar.


Com olhos molhados, mas cabeça erguida,

Papai.

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