Um construtor tentando amar ruinas

 Num mundo onde cada vez as pessoas estão voltadas para seu próprio EU, quem levanta a cabeça e olha pro lado infelizmente acaba sendo tirado de idiota. Quero construir, proteger evoluir junto. 

Mas ser um construtor tentando amar ruinas é bem complicado e perigoso. 

O que eu trabalhei nesses ultimos meses não foi brincadeira, só não pilotei avião ( Ainda kkkk). Caro leitor leia esse texto de forma leve mas com um olhar de seriadade em cada palavra minha. Ja mencionei num texto anterior como o jeito de Deus trabalhar é engraçado e Perfeito. 


Desde muito cedo, eu contava antes das minhas dormirem a história de Neemias. Um homem que olhou pro caos de sua cidade e viu muros derrubados, portas queimadas, famílias destruídas. Seria fácil abandonar tudo. Mas não no turno dele.

Ele não fugiu da dor — ele se posicionou nela. Ele olhou pro povo, pro bairro, pro chão e disse:

“Vamos reconstruir. Vamos levantar. Vamos voltar a ter um lar, uma história, um propósito.”

Não da pra construir em terrenos cheio de rachaduras, com bombas enterradas e muito menos antes de ver o alicerce, base... a familia. 

E talvez você, leitor, esteja exatamente assim: olhando pra sua vida como quem vê uma cidade destruída. Relacionamentos que desabaram, confiança queimada, propósito meio perdido…
Mas deixa eu te lembrar: se Neemias tivesse olhado só pro caos, ele não teria feito nada.
Ele olhou pra missão, não pra miséria. E chamou quem estava com sede de recomeço.

Eu sei o que é tentar construir onde não tinha base.
Sei o que é amar com tudo e mesmo assim ver tudo ruir.
Já fui o cara que tentava levantar casa no meio de escombros emocionais — e me perdi no meio da poeira.

A verdade é que, por muito tempo, eu tentei construir em cima de entulho emocional.
Relatos confusos, relações quebradas, decisões precipitadas…
Tentei ser casa onde nem alicerce tinha.

Mas aqui vem a virada:
Nem todo buraco da vida é pra ser tapado rápido — alguns são poços entulhados que precisam ser desentulhados e restaurados.

Assim como Isaac fez em Gênesis, ao desentulhar os poços que seu pai Abraão cavou — há promessas enterradas em nossa história que precisam ser limpas, revisitadas.
Esses buracos não são pra serem evitados, mas sim redescobertos.

E depois disso, sim: vamos cavar novos poços. Novos começos. Novos vínculos.
Mas sem abandonar o que é parte da nossa identidade.

Esse texto não é só um desabafo.
É um grito.
Um chamado.
Uma quebra de ciclo.
Uma convocação pra você que está lendo isso agora e tá cansado de recomeços pela metade.

Chega de construir onde não há base.
Chega de romantizar feridas como se fossem cicatrizes.
Chega de entregar nosso coração pra quem não sabe nem cuidar do próprio.

O meu recomeço tem nome: consciência.
E meu próximo relacionamento não vai ser um escape, vai ser alicerce.
Vai ter tijolo, mas também vai ter planta.
Vai ter muro, mas também vai ter janela.
Vai ter amor, mas com maturidade.

Meu recomeço agora tem nome: consciência.
Meu novo terreno tem nome: fé e discernimento.
Meu próximo relacionamento não vai ser abrigo do medo, mas morada da paz.

Se você também tá cansado de repetir os mesmos ciclos, então te convido a se juntar a mim nesse tipo de recomeço.
Um recomeço real. Consciente. Forte.

Porque no nosso turno…
A cidade vai ficar de pé.

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