Dos que ficam...

Como a pergunta, quem serão os próximos a sair? Particularmente, para mim, o grande "x" da questão é como tantos resistem a sair.
Por mais "ogro" que seja um ser humano, ele vê tudo. O problema é interpretar, enxergar, digerir o que vê.
De um lado, o comodismo de se ter um "guru", um "oráculo" (já que estes com suas visagens do porvir sempre estão em voga na virada de cada ano) e um "profeta" (mesmo fajuto) acalentam os anseios de muitos. E este não é só privilégio da Renascer, mas algo comum nas denominações evangélicas. Como diria um pastor norte-americano, cristão carnal procura e recebe alimento carnal. Sabe como é, oferta e demanda! Ele profetiza, fala palavras otimistas e todos acreditamos, como o "ingênuo" Pangloss (personagem de Cândido, de Voltaire). Me engana que eu gosto!
Do outro lado, temos uma legião de pessoas que não apenas veem, mas enxergam, e muito bem, o que está acontecendo. Mas ainda permanecem na Renascer. Estes me chamam mais a atenção. Sociólogos e profissionais de Comunicação diriam que são emudecidos pela tal teoria da "Espiral do Silêncio" - estado em que uma minoria pressionada por ter opinião contrária se cala. Pode até ser em muitos casos. Outros aguardam uma voz celestial de forma religiosa: "Meu filho, eis que te digo: seu tempo nesta igreja acabou!". Uma desculpa a la efeitos especiais e "mover" bufante para se acostumarem a sua estadia na Renascer.
Na verdade, não passa de covardia. Covardia de assumir responsabilidades. Covardia de não mais transferir problemas a pulhas e continuar levando uma vida dissimulada para si. Covardia de tirar a máscara e levar, de fato, uma nova vida. Como Nicodemos da vida, não entendem que se faz necessário nascer de novo para Cristo.
Assim, como em "Esperando Godot" e a falsa ingenuidade otimista de Pangloss, de Voltaire, o tempo passa, passa, passa... Um dia...

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